sábado, 12 de maio de 2012

O Tempo...


Caminho pelas vielas centenárias de minhas memórias.
Com homens e seus ternos,
Os que amam e os que são amados
Cortejados pelas prostitutas nos cabarés.
O choro das viúvas que penam
No abraços da solidão,
As estações e seus relógios mágicos,
Ávidos para degustar o tempo.
Lento.  .  .
Uma refeição saborosa para quem nos mata.
As gargalhadas do nobre em seu casarão,
O martelo do carpinteiro,
O areio do cavalo do soldado,
O fardo do agricultor,
O ator e suas histórias na praça,
A farsa que grito nos becos
E as verdades que escondo por medo.
Minha felicidade plena,
Minha canção,
Minha cena,
Meu amor e um poema.
Assim caminho pelas vielas centenárias de minhas memórias...

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