segunda-feira, 7 de abril de 2014

Epopeia de Um Homem Qualquer

O dia nasce.
São homens e mulheres - cidadãos sem face.
É humano ser insensível,
Urbano ser intangível,
Perdendo sangue, perdendo dentes.
Ser invisível.
O impossível batendo as portas da realidade cruel.

Deitei essa noite olhando o céu e não o vi.
Continuei perdendo meus dentes e ainda sim sorri,
Imerso numa caudalosa piscina.
Falta de vergonha ou cocaína? 
A tempestade arrasa calmamente a vida que segue como um nau a deriva.
Num oceano de pensamentos que arremessa-me as rochas,
Prende-me as dunas.
Minha vida as vezes parece assim:
Parada. 
Estagnada.
Mas á quem diga que os dias continuam passando.
Não me dão muitas certezas mas continuo andando...