sábado, 30 de junho de 2012

Alguém


Mar que banha meu ser,
Leito florido com perfume único
Deleitar-me no corpo seu.

Forma máxima de prazer,
Buscando meus desejos mais íntimos
Teste de fogo neste peito meu.

Galgar em todo meu querer,
Este lago profundo os lábios úmido,
Raros como azul do mar,
Gaudiando meus sonhos que se perdeu...

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Um Só...

"Passei minutos e o furto das palavras era perceptível.
Meus olhos ficavam passeando pelos seus olhos escondidos -
Tímidos - atrás dos seus óculos tortos.
Não entendia isso...
Dizer que te amo é estranho,
Banho meus pensamentos soltos com essa estranhesa.
Agora compreendo:
Amo o novo Eu.
Não posso amar-te,
Amar-te é amar alguém que se apalpa
E se busca.
Seria negar o óbvio:
Eu não sou mais eu,
e não és mais tu.
Somos um novo ser,
Um só,
Pois faz parte de mim..."

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Eu odeio Alphonsus de Guimarães e suas poesias...


Eu odeio Alphonsus de Guimarães e suas poesias
...
Escreve o que eu queria e deixa-me sem palavras,
No abismo da ignorância e na infâmia dos iletrados
Com grandes espaços das minhas sílabas sem sentido.

Eu odeio Alphonsus de Guimarães e suas poesias...
Suas rimas incríveis e seu romantismo profundo,
Seu genialismo absurdo 
Em versos longos ou curtos.

Eu odeio Alphonsus de Guimarães e suas poesias...
Sentindo-me num deserto de palavras, ainda arrogantes
Ofuscando minha idéia de ser poeta
O delírio dos amados e amantes

Eu odeio Alphonsus de Guimarães e suas poesias...
Mas se ele não as escrevesse,
Escreveria eu?
Se minhas dores ainda não são tão bem traduzidas por mim 
Poderia eu apossar dos versos seus?
Se eu vejo as cores da minha alma nos versos que leio,
Poderia enxergá-lo nu como meus amores no colo de minha amada e em teus seios,

Teria eu perfeitamente as escrito?
Se as letras que rabisco no papel com toda minha inspiração e ímpeto, são apenas letras
Poderia ser dono de tão belos versos
?

Na verdade,
Com toda minha força e vontade,
Eu odeio não ser Alphonsus de Guimarães e não ter escrito suas poesias.

domingo, 10 de junho de 2012

Deserto...


Meu espírito é um território árido. 
Nada cresce.
Nada floresce.
As permanentes tempestades de areia,
O deserto expande na minha alma
Que sua falta perpetua...