domingo, 28 de junho de 2015

O Boêmio

Andei pelo centro de Belo Horizonte.
Parece que tem anos que não o faço.
Meus passos curtos olhando as luzes,
Um domingo, a noite e as risadas.
Pensei: onde eu estava esse tempo todo?
Caído em algum lugar? Morto?
Não sei.
Sei que me veio um saudade enorme de beber as primeiras cervejas na Savassi
E terminar nos bares da Rodoviária.
Aquele pão com pernil que pode matar.
Mas antes, matou minha fome.
Os bares, as conversas, o Malleta...
Viram aquela tribo?
Eu já estive alí. 
Assim me pegunto:
Onde estou?
Estou no centro de Belo Horizonte e em lugar nenhum...

domingo, 7 de junho de 2015

Sou livre, louco e lerdo

Sou livre, louco e lerdo.
Lerdo?
Mudo meu dia, mudo minha alma
Mas não me salvo.
Serei o alvo?
Sou livre.
Tenho o vento na cara.
Um vendaval me leva.
Mas leva para onde não quero ir.
Sou livre.
Leio livros e disserto.
Certo que livre sou?
Mato a todo instante.
Com risadas graves.
Rir de loucura, de desespero me centro.
Sou louco?
Talvez um pouco
Pelo "eu" que tenho guardado
Em meios a diamantes e farrapos.
Então te peço:
Não doa mais meu peito
Pois sou livre, louco e lerdo.