segunda-feira, 7 de julho de 2014

Uirapuru

O amor...
Bicho estranho louco desvairado,
Se finge de santo mas é puro pecado.
Se esconde no meio do mato,
Olha, assunta e muda a forma - formato.
Você corre, o cerca.
Ele pula, voa e as vezes parece rir.
Mas a gente incansável corre de novo, pula com o racional envolto - entorno de nós e nada.
Fico escondido num canto a espreita e ele me bica por trás e me faz sentir essa cruel dor.
Sento e desanimo
E a navalha com seu fio fica enterrado na alma.
Foi-se embora a astucia.
E esse bicho estranho que achei que já era extinto existiu
Como um Uirapuru
O bicho do céu azul que canta
No mato para que o resto se cale 
E deixe que as plantas do mato exale seu perfume.
Mas ainda fico na espreita a procura-lo...