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Eu andava só
e sozinho sentia o pó
da estrada tão estranha mas segura.
A fervura que eu não queria, morava nas
entranhas do inferno, mas não a queria.
Naquela estrada,
ali eu me escondia
mas o amor é covarde
Invade um peito que não quer alucinação
E eu que não sei amar, desarrumava-me.
E o inferno se abril na minha frente
fui engolido pelo diabólico sentimento.
Não era brincadeira.
e as chamas eram inacreditáveis
Enquanto ela sorria, meu corpo se contorcia
Ardia.
Não quero esse inferno.
Não sou Dante.
Não sou subalterno
Não sou corrupto, meliante.
Mas estava ali.
Queimando,
O corpo em chamas
Não quero mais o inferno
Não quero mais...
E o que se previa aconteceu.
Os velhos maias escreveram com temor.
Eu esperava atentamente
E assim começou aquele ardor.
As rubras rochas vieram aos montes
E o que era desânimo virou pavor
Fugiam para as cruzes, os deuses e os monges
E o que era ódio virou "amor".
E as rochas rasgando o céu
apavoraram os soldados
O ouro, gosto extasiante mel
foi esquecido, isolado.
E chegaram as rochas
Chegaram o choro e gemido
Chegaram os lamentos e arrependimentos
Chegaram os furacões.
E era grito
E era inferno
Era fogo
e era.
Nada mais é.
E do sangue se formaram rios
e o fogo era tudo
e sobrou apenas gemidos
e limpou-se o que era imundo
No fundo...
A destruição era o que sobrou.
Sobrou fumaça,
sobrou cinza...
Acabou...
Acabou...
Nada...
E alí, chegou a chuva...
Choveu...
Ventou...
Choveu, choveu...
Ventou...
Num canto cinzento, pigmentou o verde.
O tímido verde...
Florescerá?
Se repetirá?
E o verde floresceu...