segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Mata Fechada

Eu era mata fechada
e Sol meu companheiro
Corria feito raio 
O ensaio da maior força

Fala ao vento
doma o tempo
era dono do meu destino
Infinito.

E o Sol era meu guia
E eu iluminava o Sol
Eu era a própria luz

Mas o Sol que eu iluminava
me queimava
e de mata fechada fiquei árido
os rios das minhas veias surgiram secos
e o força mais bruta se tornou brisa.

Chamei ao céu escuro
o futuro que brilhasse
caminhei passos lentos
cadenciados e sem prazos

Passos rasos na dor que abunda
quem nem um mantra ou Buda
Seja perfeito em mundo algum
parti a lança de Ogum

Um perfeito herói que não voa
Entoa canções móbidas
De sofreguidão.

E de mata fechada me tornei árido.
Não reluzia o Sol que deixou se apagar

Batalha

Entrou em campo 
ando 
pego minha espada 
vou à luta 
luto 
sofro 
caio ferido 
lágrimas 
morro 
luto...