Acordei com dor de cabeça
sentindo aspereza naquilo que tocava.
doí-me nas entranhas.
Fiz um pequeno alongamento,
Alimentei minha mente com bons pensamentos
e levantei-me.
No quarto ainda escuro.
procuro apoio e ao alcançar o interruptor,
acendo a luz.
Uma luz absurda entra no quarto,
violentamente invade meus olhos,
inunda minha mente.
fico segundos sem conseguir ver nada,
nada a minha frente.
aos poucos, consigo abrir os olhos -
fico atônito: é tanta luz que eu consigo ver longe
do palmo a minha frente a uma agulha no topo dos montes.
inacreditável!
saio a rua.
observo tudo atentamente com minha nova ultra visão
vejo o homem que anda ligeiro com um dor imensa em seu peito
vejo a mulher sofrendo a dor da perda do filho calada sorridente
vejo o menino com fome, doendo-se pelo meio pão que dividirá com seu irmão esquelético.
vejo assustado,
mas vejo.
desejos perdidos,
felicidades fugazes,
rapazes e moças,
fardos e esperanças,
a dor dos adultos e das crianças.
a cada visão, minha cabeça mais dói
fujo desesperado para um beco.
lá está tudo escuro.
a dor cessa .
quanto mais meus olhos se fecham
menos dor sinto.
penso, repenso, penso.
com um só golpe, furo meus olhos,
o sangue jorra mas nada dói,
minha cabeça que doía não dói mais.
volto e deito-me no meu quarto escuro...
Quem é o Culpado?
Há 4 anos
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