Matei-o.
Covardemente matei-o.
Insultava-me de forma vil
Com teu silencio mórbido
E suas promessas infames -
O ópio que destrói -
Calado sorridente.
Ameaçava-me de morte,
Espalhando cortes pelo corpo
Com teu rosto oculto e ingênuo.
Espreitava-me a espada ao meu peito
Impondo-me ao leito.
Minha redenção no inferno,
Meus defeitos
Velhos e decadentes,
Ainda assim,
Matei-o.
Matei-o.
Chorei os dias imensos
Com sentimento morto
Como um corpo no poço profundo.
As escondidas, matei-o.
Amaldiçoei-lhe o espírito puro.
Criastes um muro entre eu e as virtudes inexoráveis
Que em minha alma tangiam.
Matei-o.
Matei-o.
Com vontade e medo,
Com o ledo engano da certeza
Do corpo no leito,
Feito a luxuria dos desnudos
Em gozo profano,
Matei-me.
Covardemente matei-o.
Insultava-me de forma vil
Com teu silencio mórbido
E suas promessas infames -
O ópio que destrói -
Calado sorridente.
Ameaçava-me de morte,
Espalhando cortes pelo corpo
Com teu rosto oculto e ingênuo.
Espreitava-me a espada ao meu peito
Impondo-me ao leito.
Minha redenção no inferno,
Meus defeitos
Velhos e decadentes,
Ainda assim,
Matei-o.
Matei-o.
Chorei os dias imensos
Com sentimento morto
Como um corpo no poço profundo.
As escondidas, matei-o.
Amaldiçoei-lhe o espírito puro.
Criastes um muro entre eu e as virtudes inexoráveis
Que em minha alma tangiam.
Matei-o.
Matei-o.
Com vontade e medo,
Com o ledo engano da certeza
Do corpo no leito,
Feito a luxuria dos desnudos
Em gozo profano,
Matei-me.
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