sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Acordo...


Eu acordo tão cedo.
Tomo meu café ralo
Sacrifico mais um pouco
O meu corpo surrado
Meu oficio desumano
Alma degredada
Corro na multidão
Ouço choro, lamentos e sofreguidão.
Arrasto-me em espírito.
Impregno pessoas;
Sou um vírus.
Esqueço meu nome
Sou padrão
Fração
O “muito pouco”
No meio de Antonio, Maria, João...
Uma das várias partes
Do “muito pouco” ou mesmo nada.
Espero o carrasco
O açoite e os fardos
Lanço-me no obscuro
Caminho...

2 comentários: