terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

Antagonista


Sou poeta, uma festa.
Não tenho poema e não tenho confete.
Um choro na felicidade e lágrimas que não saem.
futuro de velharias e velhas novidades.
A fonte sêca no pântano de terras duras.
O amargo do café na docura da rapadura.
A loucura contida e no silêncio que ensurdece.
Sou poeta, uma festa.
Sou a doçura da fera,
A fresta que se fecha.
Sou contra-mão que se anda,
Sou o inferno que acolhe a prole sem pai.
Sentimento bom na morte.
Sou poeta sem caneta e sem versos.
Sou o inverso.
o resto.

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