Eram três.
Eram muitas dores.
Era sol a pino,
Era esgoto e água nojenta.
Era choro.
Eram dias intermináveis em
seu ardor.
Era a loucura na inocência,
Na indecência da falta de
razão.
A água podre no pé do poste
torto.
Não tem razões e nem vilões.
Os vilões não são vistos.
Lá tem lixo e bicho.
E gente,
e gente bicho.
O infinito em tristeza.
E o lar que tinha pouca luz,
Perdeu mais uma.
Eram três. Era ele na carroça.
Era ela nas panelas,
Era ela sorridentemente
enlouquecida.
Era...
Apenas era...
E não é mais.
E na angustia das orações na
madrugada,
A risada doente, a lamúria é
faca afiada.
Mas o dia insistiu em
amanhecer.
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