Jovem com
olhares cansado marejados
Pele espeça
de tanta pancada, voz que se arrasta, falha
Caminhas o
caminho pisado, cascalho nos pés descalços.
Andou
retirando-se retirante.
Passou por
favelas, vielas e o agreste,
Prestes a
desistir, com fome, maltratada
Agredida em
sua carne e em sua alma
Contando os
dias que haverá a frente
Anda lentamente
Não há tempo
Suas sementes
já brotaram
Um que ficou
numa cova rasa
Outro aquecido
em suas entranhas
E eu em sua
mão Direita calejada
Carregada e
carregando
E aquilo que
era fé
Virou dor
O que não se
pode ter
Matou o amor
Minha mãe pátria suja me esquece numa
esquina escura.
O que me
sobrou agora
Foram os
ratos
Os restos...
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