sábado, 11 de julho de 2020

Nu

Não vi nada.
Senti um branco quase escuro de tão reluzente.
mas não vi nada, não tenho visto nada e não sinto nada.
Falta-me o ouro, a colcha e sobra-me outono.
Não tenho mais sangue, músculos e tecido adiposo.
Ando assim, dolorido, risonho, lindo, horroso e lépido e em vértices.

Perdi a conta, os versos, a graça e as palavras...

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